Instantes pardos do crepúsculo
Perdidos na imensidão do meu vazio.
Meu coração túrgido tende a esperar
A vã passagem temporal
Que persiste em dilacerar
A alma d'um pobre mortal.
Se a teus encantos me submeto
É porque insisto em te amar
E nas palavras desse soneto
Busco me consolar.
Dos conflitos travados em m'nhalma
Que tornam ao recôndido de meu leito
E suplicam intensamente a calma,
A quietude de teu peito.