Indulgências de um mero invasor do mundo onírico

sábado, agosto 19, 2006


As noites se tornam ainda mais frias e insones quando contigo não posso mais dividir meus problemas e palavras...
Queria ter-te ainda como amiga. Me chatear com tuas insitentes chamadas de atenção e te ouvir dizer: "Eu tô aqui, podes falar comigo?! Para que eu, em toda a plenitude do meu orgulho, não me sinta desconsolada, por ter pedido a mais ínfima atenção vinda de ti?!"
Sinto tanto tua falta..falta de ter uma amiga próxima com a qual não preciso controlar as palavras, exceto nos momentos de fúria ,que sabes bem cativar...
Vontade de de falar abertamentesobre pessoas, escritores, frases, não tendo aquela pitadinha de gabamento que persisto transparecer e as malícias de um homem por não te desejar como uma fêmea apta a passar por meus crivos de sedução. te desejo apenas como uma amiga, minha melhor amiga, uma das poucas que tenho o prazer de ceder um abraço.
queria que soubesses que gosto de estar ali pertinho de ti, fingir ouvir música e adentrar nos devaneios de tua mente tentando inutilmente deduzir o que pensas.
Somos exrtemamente semelhantes, por isso inúmeras discussões, sorrisos..è uma pena, porém, o excesso de orgulho que ostentamos, não permitindo a indulgência de um mero invasor do mundo onírico....

domingo, agosto 13, 2006

"Não tive coragem de me vencer, nem de aceitar a derrota"

Talvez não tenham compreendido, ou não compreedam, o quanto esse poema, classificado como concretista, é importante pra mim. Ele simboliza nada mais nada menos que a angústia do autor, as tortas retas por muito retraçadas numa tentativa inútil de retificar aquilo que já nasceu torto, minha natureza humana.
O desconsolo e a frustação interna por ser bastante perfeccionista e não conseguir com as mãos e um lápis desenhar retas realmente retas...
Jogar um jogo que deveria ser jogado a dois, mas que a solidão impôs a participação de apenas um, reflete exatamente o desejo de estar próximo a alguém que possa dividir pequenos momentos, simples instantes, como uma partidinha rápida de jogo da velha, um joguinho simples, que não exige muito de vc nem de mim e que deveria terminar sempre empatado, para que tentássemos de forma instigante conduzir o outro ao erro e nos esbanjando em risadas por nunca conseguir fazê-lo...
Finalmente a fraqueza espiritual... A vontade incessante de vencer, mostrar pro outro que conseguiu e gritar:

ehhhhhhhhhrrrrrr!!!

uhuuuuuuuuuuuu!!!

Mas...

Que graça teria vencer a mim memso?! Sou retraído pelo meu olhar interno que se vê incapaz de resistir à derrota em um simplíssimo passatempo como este...
Transmito, enfim, também nesse poema a vontade incessante de aparecer e ser visto sendo retraída pela crítica interna...

"Quem não compreende a sutileza d'um olhar, tampouco entenderá uma longa explicação!"

segunda-feira, agosto 07, 2006



"A esta hora em que escrevo, o dia de amanhã se anuncia com o cantar melancólico de um galo insone..."
Há tempos ando pensando nessa frase e nas formas em que deveria escrever aqui! Se deveria escrever um novo conto, um simples poema que simbolizasse toda uma agonia retraída, ou mesmo, e realmente acho que estou a favor dessea idéia, fazer com que fosse uma expressão da minha mente através de uma mensagem escrita de forma solta, diversa, meio sem nexo!
Andei afastado porque não vivo bons momentos para isso, me perdoem leitores, juro que sinto até um peso na consciência por não me fazer mais presente, mas é que essa vida atribulada, repleta de responsabilidades nas mãos de quem não tem alguma me torna um tanto quanto desorganizado, me deixando sem o tempo devido para dar-lhes o prazer, ou desprazer, das minhas palavras.
Tenho, também, sonhado bem pouco. Olhado bem pouco as pessoas e seus inúmeros detalhes. A saia meio torta da garota, o menino chorando para o pai rico pedindo mais um brinquedo que será esquecido em dois dias; o pai, sem muitos dotes financeiros fazendo uso de um sorriso e de palavras animadoras para convencer o filho de que boneco que não meche os braços e pernas é muito mais bonito que o que fala e tem multi-funções.
São esse poucos momentos de desleixo e alegria que tenho deixado de lado, para estar mais assentado a cadeira, lendo um livro cansativo porque é uma obrigação! Odeio obrigações...
Mas como hei de ser um bom médico, pai e esposo se não as tiver?!
Tudo bem, confesso que essas minhas intenções requerem um pouco mais de discussão, contudo, nesse instante, é um pouco improvável que ela ocorra...
Enfim, a esta hora em que escrevo, as palavras me atropelam, deixam suas marcas em mim, e cá estão, disponíveis as suas críticas...
Queria uma sopa de letrinhas pra poder brincar com palavras hoje....rsrsrs